segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

A verdadeira história dos X-Men

Uma das franquias de filmes e HQs mais conhecidas e de maior sucesso do universo Marvel é X-Men, os mutantes super-heróis sob o comando do Professor Xavier.
Além do sucesso com filmes e HQs, os X-Men têm se tornado famosos por sua extensa associações aos problemas recorrentes em nossa sociedade, tais como problemas étnico, cultural, religião, orientação sexual e outras minorias que são reprimidas.

O que é X-Men?

É uma equipe de super-heróis mutantes de histórias de quadrinhos, criadas pelo gênio Stan Lee e Jack Kirb. Sua primeira edição foi publicada nos EUA no ano de 1963.
Integrantes desse grupo são humanos que acabaram sofrendo algum tipo de evolução/mutação ou humanos que nasceram com alguma habilidade sobrenatural latente.
Apesar de muitos desses super-humanos não usarem seu poder contra os humanos comuns, outros mutantes acabaram aproveitando desse poder para aterrorizar as pessoas, devido ao preconceito e segregação. Desse modo, com medo e desconfiança desses super-humanos e super-poderes, a sociedade passa enxergá-los como uma preocupação e ameaça comum, generalizando todos os mutantes.
Diante dessa preocupação, o milionário Charles Xavier resolve fundar uma academia para doutrinar e a controlar os poderes desses mutantes, com o objetivo da convivência em harmônica entre os humanos comuns.

Assim como acontece em muitos outros negócios iniciais, a HQ não ia muito bem nas vendas, e como consequencia, as publicações chegaram a ser interrompidas por um período. Mas com muita persistência, os X-Men conseguiu superar essa crise, para dar lugar a uma das mais conhecidas HQs da Marvel, ganhar as telonas dos Cinemas e até mesmo desenhos animados.

A verdadeira história do X-Men

A franquia X-Men pode se relacionar com algumas questões sociopolíticas do mundo real. Os personagens mutantes são vistos geralmente como uma metáfora para minorias étnicas ou qualquer outro grupo oprimido, que pode incluir a segregação determinados grupos de afro-americanos ou de outras etnias que vivem fora de seu país original, a discriminação contra homossexuais e portadores de alguma deficiência, o antissemitismo, etc.

X-Men e o Nazismo

Outra comparação com forte apelo político social é a hostilidade e a perseguição dos Judeus (antissemitismo) na Alemanha Nazista. Pra quem não sabe, Magneto é na verdade, um judeu sobrevivente do Holocausto Nazista. Sem esperanças na convivência pacífica contra a humanidade, Magneto busca estabelecer uma nação mutante e é adepto à praticas terroristas.
 

X-Men e os homossexuais

Outra metáfora encontrada na franquia relacionada às questões sociais, diz respeito aos direitos homossexuais.
A comparação entre homossexual e mutante foi demonstrado em uma cena do segundo filme da franquia, em que o Homem de Gelo revela a seus pais ser mutante. Na vida real, em uma família tradicional, revelar a homossexualidade aos pais é um grande desafio.
A título de curiosidade, o diretor desse filme é Bryan Singer, um homossexual assumido.
Outra correlação ao preconceito homossexual, ocorreu no primeiro filme, quando o senador proibiu os mutantes de frequentarem as salas de aula. Cenas semelhantes já se repetiram na vida real em várias partes do mundo, inclusive no Brasil. 
Pra finalizar esse tema polêmico, vale lembrar que o personagem Estrela Polar é homossexual assumido e a Mística é bissexual.


X-Men e a segregação racial nos EUA


Na franquia frequentemente é mostrado mutantes como vítimas de violência, assimilando-se com o movimento contra afro-americanos em época anterior ao movimento pelos direitos civis americano.
Para terem uma ideia da dimensão dessa relação social, o Professor Xavier já foi comparado com o líder pela luta dos direitos civis afro-americanos, Martin Luther King. A missão do professor Xavier, "A convivência pacífica entre humanos e mutantes", faz uma  clara referência à famosa frase de Martin Luther King, "Eu tenho um sonho".

Apesar dessa associação ter se tornado comum, ela não é livre de críticas. Em 2002, o crítico de quadrinhos Julian Darius afirmou em uma publicação que "X-Men não é uma alegoria à tolerância racial", que um exame mais detalhado do começo dos X-Men nos quadrinhos, Xavier parecia não se importar com os direitos dos mutantes, seu principal objetivo era reprimir os mutantes malignos. Foi com o passar dos anos e com a evolução da série, que o Professor passou a atuar como um ativista mutante e passou a utilizar o Instituto Xavier para fins de harmonia inter-racial, entre humanos e mutantes.

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