A verdadeira história do Fortnite
A Verdadeira História do Fortnite: De Projeto Cancelado a Fenômeno Global
Quando a Epic Games anunciou o Fortnite em 2011, ninguém imaginava que aquele projeto um tanto indefinido viraria um dos maiores fenômenos da história dos videogames. O que começou como um jogo cooperativo de sobrevivência contra zumbis se transformou no battle royale mais popular do planeta, redefinindo a cultura gamer e influenciando tudo — de outros jogos até a indústria da música e do cinema.
Antes do Hype: Um Jogo Sobre Construir e Sobreviver
A ideia original de Fortnite surgiu durante uma "Game Jam" interna da Epic Games, pouco depois do lançamento de Gears of War 3. A proposta era simples: misturar elementos de Minecraft (construção) com jogos de tiro em terceira pessoa. Isso se tornou o modo Fortnite: Save the World, lançado em 2017 como um jogo pago, onde os jogadores lutavam contra hordas de criaturas chamadas husks (zumbis alienígenas, basicamente) enquanto construíam fortes para se proteger.
Mas a grande virada aconteceu no mesmo ano, e por um motivo curioso...
A Influência (e a polêmica) com PUBG
Em 2017, o jogo PlayerUnknown’s Battlegrounds (PUBG) explodiu em popularidade, trazendo o conceito de battle royale (todos contra todos, último sobrevivente vence) ao mainstream. A Epic, percebendo o sucesso, decidiu criar rapidamente um modo gratuito de battle royale dentro do Fortnite — que, até então, não era nem gratuito e nem famoso.
Esse novo modo foi lançado em setembro de 2017 e foi um sucesso instantâneo. PUBG até ameaçou processar a Epic, alegando cópia direta, mas a verdade é que Fortnite conseguiu se destacar por fazer algo que PUBG não fazia: ser acessível, leve, colorido, cartunesco e com mecânicas únicas de construção.
Curiosidade bizarra? Fortnite foi desenvolvido na Unreal Engine 4, que também era usada por PUBG. Ou seja, a Epic Games lucrou até com o sucesso do "concorrente".
Skins, Dancinhas e Crossovers Insanos
Fortnite deixou de ser só um jogo para virar um evento cultural. Em 2018, o mundo inteiro aprendeu a dançar o floss, enquanto jogadores gastavam dinheiro real em skins de personagens como Naruto, Darth Vader, Goku, Ariana Grande, e até o Thanos com a Manopla do Infinito.
Um dos momentos mais bizarros? O evento ao vivo do rapper Travis Scott, em 2020, que atraiu mais de 12 milhões de jogadores simultâneos dentro do jogo. Um verdadeiro show virtual interativo que deixou o YouTube e o Twitch lotados.
A Guerra Contra a Apple (e o Peixe Paladino)
Fortnite também foi palco de uma guerra judicial entre Epic e Apple. Em 2020, a Epic desafiou as políticas da App Store ao criar um sistema de pagamento próprio dentro do jogo — o que resultou na sua remoção da loja. A Epic respondeu lançando um vídeo-paródia do clássico "1984", da Apple, usando um personagem peixe como símbolo da rebelião gamer. Sim, o marketing do Fortnite é surreal.
O Legado do Fortnite
Amado por uns, odiado por outros, é impossível negar que o Fortnite mudou o jogo — literalmente. Ele popularizou o modelo de live service (jogo como serviço), trouxe eventos ao vivo de grande escala, e moldou uma geração inteira de jogadores.
Hoje, o Fortnite vai além do modo Battle Royale: existe um modo criativo, experiências de RPG, corridas, shows, escape rooms e até mapas criados por usuários que rendem dinheiro real. Ele virou uma plataforma de criação, quase como um Roblox com esteroides.
Curiosidades Rápidas e Bizarras
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A skin do Thanos foi adicionada após os próprios irmãos Russo (produtores de vários filmes da Marvel) jogarem Fortnite durante as gravações de Vingadores: Guerra Infinita.
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O jogo tem mais de 1.000 danças e emotes, e vários viraram memes globais.
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Jogadores gastaram mais de 9 bilhões de dólares em microtransações nos dois primeiros anos.
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O “Buraco Negro” de 2019, que deixou o jogo offline por dias, gerou pânico real e foi assistido por milhões de pessoas ao vivo no mundo todo.
E a Relação com Valorant?
Apesar de não serem diretamente concorrentes, Valorant (da Riot Games) e Fortnite dividem o mesmo público competitivo e jovem. Ambos apostam forte em skins, eventos sazonais e marketing pesado com influenciadores. Há rumores de que o sucesso das skins animadas e do modelo “Free-to-Play com passe de batalha” do Fortnite inspirou a Riot a adotar estrutura semelhante em Valorant.
Inclusive, vários ex-jogadores profissionais de Fortnite migraram para o competitivo de Valorant, buscando um ambiente mais tático e controlado após anos de construção frenética e metas insanas no Fortnite.
Conclusão
Fortnite pode ter começado com um conceito diferente, mas se adaptou como poucos. Inspirado por PUBG, influenciando Valorant, e desafiando gigantes como Apple e Google, ele virou um verdadeiro ícone da cultura pop digital.
E o mais maluco? Tudo isso aconteceu em menos de uma década.
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